A apatia é a falta de emoção, motivação ou entusiasmo. É praticamente um estado de indiferença. Ontem eu não estive no Otávio Limeiras Alves, mas, mesmo de longe, vou defender a equipe centralina das críticas dos que chamaram o time de apático na atuação de ontem. O entusiasmo esteve claro na comemoração de Ítalo após seu gol de empate, beijou a camisa, correu todo o campo e foi saudar a torcida, selando a paz após tantos episódios conturbados.
Em campo havia motivação. Seja motivação financeira pelo bicho oferecido pela vitória, seja pela oportunidade da equipe entrar no G4 e se envolver na briga pelas finais do campeonato. A emoção também era marca de um time que na última rodada venceu um jogo complicadíssimo, faz as pazes com a vitória e comemorou unida, com vibração. Então de onde vinha a tal apatia apontada por muitos? Da boca das pessoas de sempre.
Não assistir a uma partida e se colocar a comentá-la é um risco que não vale a pena correr. A chance de ser injusto com alguns atletas, e até com o time inteiro, é grande. No grito de emoção forçado do rádio, onde bolas a quinze metros da meta passam tirando tinta da trave, o torcedor se perde e aceita a opinião alheia como verdade. E como confiar em gente que passou a semana dizendo que o empate seria o resultado a ser buscado em Santa Cruz do Capibaribe? Impossível.
O Central foi em busca da vitória e jogou para trazê-la. Não contava com a bandidagem do apito de barro do senhor Nielson Nogueira Dias. Em um pênalti escandaloso no primeiro tempo e outro, no mínimo, discutível no segundo, o Ypiranga fez seus dois gols. Se não bastasse, a primeira penalidade foi repetida equivocadamente, contrariando qualquer interpretação da regra possível. Em outras palavras, o Senhor Nielson inventou. Com a revolta típica de um torcedor, Diego Góis bateu boca e foi expulso.
A partir de então, jogar a maior parte da partida com um jogador a menos e com uma arbitragem tendenciosa militando contra foi o que se viu no jogo. Não deu pra suportar. O Ypiranga chegou mais pelas circunstâncias que se desenvolveram a partir de então. Com dez homens em campo, Leivinha teria duas possibilidades. Armar uma equipe defensiva e se proteger do volume de jogo criado graças à vantagem númerica adversária, ou colocar seu time pra cima, mantendo a mesma postura e buscando o resultado. Escolheu a segunda opção.
A Máquina de Costura passou a chegar com perigo graças à nossa exposição no meio-campo. Com três homens apenas, dávamos espaço quando estávamos sem a bola. Escolhemos matar ou morrer. E morremos. Chegávamos principalmente pelas laterais e finalizávamos sem objetividade, dando a posse de bola ao adversário que contra-atacava com perigo. Sem objetividade também do lado de lá, o gol da vitória do Ypiranga só viria em mais uma intervenção da arbitragem.
Para que uma providência seja tomada em relação ao que quer que seja, uma tragédia precisa acontecer. Tem sido assim com as torcidas organizadas, foi assim com a questão das casas noturnas após a tragédia de Santa Maria. E talvez só uma tragédia para que se repense a trágica arbitragem pernambucana. Em suma, será que vai ter que morrer alguém?
Não é mero choro de perdedor, faça o teste. Coloque o nome de qualquer árbitro pernambucano em um site de buscas. Os principais resultados serão de reclamações e protestos por parte de clubes de várias regiões do país, por atuações tendenciosas em Campeonatos Brasileiros. A situação é alarmante e interfere diretamente no nível técnico do campeonato. Os clubes sofrem não só pela incompetência, mas também pela ma fé. O ocorrido deste domingo ilustra bem isso. Entramos em campo com possibilidades de terminar a rodada na quarta colocação e, por força do apito, terminamos na lanterna.
Em Pernambuco, geralmente os árbitros são assim. Uns são policiais, outros são ladrões. Em alguns casos, se encaixam nas duas categorias. O senhor Nielson Nogueira Dias é mais um destes, uma vergonha como homem e como profissional. Com toda a repercussão gerada pelo que ocorreu na partida, uma rádio fez questão de destacar o quanto o presidente Sivaldo Oliveira estava revoltado. Pois então, presidente, o senhor também não fica atrás. A arbitragem pernambucana é a sua cara, a cara da picaretagem e da incompetência.
Acompanhe os melhores lances da partida na reportagem da TV Replay:
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