Eram 29 minutos do primeiro tempo quando a bola foi alçada à área do Pesqueira. Após bate rebate, o zagueiro Gustavo tocou para o gol e levantou os 7.401 torcedores presentes no Monumental da Avenida. Estava feita a festa alvinegra!
Em uma partida onde a Patativa tinha tudo para emplacar outra grande vitória, as circunstâncias fizeram o placar mínimo valer muito para o Central. A saída do lateral esquerdo Paulo Vítor, contundido, no final do primeiro tempo e a entrada do lateral direito Romero no lugar do meia Luiz Fernando, por desgaste físico, no intervalo, fizeram com que as laterais fossem motivo de tormento para o torcedor alvinegro na segunda etapa de jogo. Sem Paulo Vítor, o setor esquerdo ficou bastante exposto, enquanto que Romero entrou perdido na direita. A vulnerabilidade das alas fez com que o Pesqueira, com pouca produtividade pelo meio, apostasse em investidas em velocidade pelas pontas, porém a defesa centralina contou com a falta de pontaria dos atacantes da Águia para garantir o 1x0 até o final da partida, onde nosso goleiro Rodrigão trabalhou bem nos poucos momentos em que foi exigido de fato.
Pelo lado alvinegro, tudo o que se criou no segundo tempo foi frustrado pela confusa arbitragem de Emerson Sobral e seus assistentes. Com muitas inversões de falta e marcações de impedimento duvidosas, o ataque da Patativa sofreu para concluir as jogadas visando a meta de Geday. A cereja do bolo de Sobral ainda viria no final, com a expulsão injusta do técnico Marcelo Rocha. Foi uma pequena mostra do que deve acontecer constantemente nesse Pernambucano: arbitragens abaixo da média.
O momento é crítico para o apito pernambucano. Com opções tecnicamente fracas, em 2012 a Federação teve que buscar Sandro Meira Ricci no Distrito Federal para integrá-lo ao nosso quadro de árbitros. O tampão funcionou para as finais do estadual, mas já na segunda rodada do certame atual, fica evidenciada a necessidade de mudanças realmente significativas na arbitragem de Pernambuco.
Se por um lado alguns torcedores gostariam de ver mais, com atuações mais abrilhantadas de Luiz Carlos, Fumaça e Tallys, por outro sai satisfeito com mais três pontos na tabela. Vencer pelo placar mínimo feito ainda na primeira etapa não é novidade para o Alvinegro e pode remeter ao bom início de campeonato de 2011. Na ocasião, o Central de Maurício Simões imprimia um ritmo forte já no início dos jogos, liquidando a fatura na primeira etapa e administrando as contas na segunda. Ao final daquele campeonato, o bom início de nada valeu para o sucesso da temporada centralina. Porém, com o regulamento atual, começar bem em um campeonato onde a maioria das equipes ainda busca a formação ideal é de crucial importância para garantir cofres mais polpudos e maior atenção da mídia com a conquista da vaga para a Copa do Brasil da próxima temporada.
Melhores momentos da partida:
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