domingo, 27 de janeiro de 2013

Patativa querendo embalar no Sertão

É uma pena que, na matemática da bola, não haja lógica alguma. Se houvesse, o torcedor alvinegro teria motivos a mais para comemorar. A Patativa entra em campo daqui a pouco na cidade de Serra Talhada para enfrentar a representatividade local pela terceira rodada do Campeonato Pernambucano. Uma vitória consolida a liderança do Central, que caminhará a passos largos para conquistar o primeiro turno e garantir uma vaga na Copa do Brasil 2014. Porém, o retrospecto da temporada, do ponto de vista lógico, já garante ao torcedor centralista o direito de comemorar antecipadamente.

Neste Pernambucano, a Patativa começou vencendo o Porto, que na segunda rodada venceu o Petrolina. Nossa segunda vitória veio diante da equipe do Pesqueira, que na primeira rodada havia vencido o Belo Jardim. O Serra Talhada, nosso adversário de hoje, perdeu para o mesmo Belo Jardim na última quarta-feira. Ainda nos amistosos da pré-temporada, vencemos o Campinense/PB em casa e perdemos na Paraíba, impondo um futebol valente. O mesmo Campinense/PB que, no meio da semana, venceu o Santa Cruz por 3x0, em partida válida pela Copa do Nordeste. Também em amistoso de pré-temporada, o Santa Cruz goleou o Chã Grande por 5x0. Chã Grande que empatou suas duas primeiras partidas neste Pernambucano, contra Ypiranga e Náutico.

Analisando o retrospecto dos nossos adversários neste primeiro turno, é possível notar uma superioridade centralina se cruzarmos os resultados de cada equipe. Ah, se esse negócio de lógica tivesse lógica! A essa altura já poderíamos encomendar a faixa e pendurar no peito. É bem verdade que, se existesse lógica no futebol, não teria treinador por aí inventando rodízio de goleiro. Mais uma vez, o Central entra em campo com uma modificação no gol: Juninho retorna no lugar de Rodrigão para enfrentar o Cangaceiro hoje no calor escaldante do sertão pernambucano. Se em time que está ganhando não se mexe, a lógica pode voltar a nos trair nesta tarde de domingo. Apesar do bom futebol que a equipe vem apresentando atuando no atual esquema, há a possibilidade de Marcelo Rocha modificar a equipe para um esquema de três zagueiros, com a entrada de Ricardo Purcino no lugar de um dos meias. Outra alteração na equipe deverá ficar por conta da saída de Luiz Carlos, com problemas lombares. No seu lugar entra Andrezinho, artilheiro no futebol do Centro-Oeste que terá a oportunidade de mostrar em terras pernambucanas seu faro de gol.

Central e Serra se enfrentaram duas vezes
em 2012, com uma vitória para cada lado.
Na última rodada, Marcelo modificou o meio de forma semelhante no intervalo de jogo, tirando o meia Luiz Fernando e, na ocasião, colocando o lateral Romero. Tallys sentiu a carência de um companheiro de setor e, sozinho na criação, pouco fez. Sem opções para trabalhar as tabelas que fizeram a equipe golear o Porto na primeira rodada, nosso camisa dez insistiu em jogadas individuais e esbarrou na forte marcação do Pesqueira. Com a falta de uma peça no meio de campo hoje, a conta pode sair mais cara. Diferente do adversário de quarta, o Serra Talhada tem um setor  de meio muito mais perigoso. Um dos homens de criação do Cangaceiro, Otacílio, é um dos artilheiros do Pernambucano e tem como características o forte chute de fora da área e a velocidade nas arrancadas. Deve dar trabalho para o dorminhoco Fernando Pires.

Além do futebol jogado pelas duas equipes, a arbitragem merecerá atenção especial neste domingo. Em campo, herdeiros de apito de figuras nada unânimes do nosso futebol. Estará com o apito Sebastião Rufino Filho, filho de quem é, que herdou até a capacidade de ser bastante criticado apitando partidas da Patativa. O quarto árbitro será Wildstar Mendonça, filho de Wilson de Souza Mendonça. De berço, as piores referências possíveis. Ainda no campo arbitral, o treinador Marcelo Rocha foi expulso no final da vitória diante do Pesqueira. Apesar disso, estará comandando a equipe no banco hoje em Serra Talhada. O regulamento não faz menção à necessidade de cumprimento de suspensão, que, segundo informações, só seria estabelecida após julgamento. No mínimo sem lógica. Mas, infelizmente, esse negócio de lógica, no futebol, não tem lógica não.


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