domingo, 27 de janeiro de 2013

Se o Central perdeu, foi roubo!

Apesar da liderança, não deu para a Patativa
manter os 100% na competição.
Imagem: Jornal do Commercio
Um domingo de tragédias anunciadas. O Brasil acordou triste com a morte de centenas de jovens em uma boate em Santa Maria/RS. A Patativa entrou em campo com luto decretado pela fatalidade. Saiu de campo com duplo sofrimento e com motivos de sobra para decretar luto, também, pela arbitragem pernambucana. Se um amontoado de pessoas em um espaço fechado pode ser o cenário de uma tragédia, um amontoado de assopradores de apito, sem qualquer capacidade técnica, pode resultar em dor e prejuízo para muita gente. Não é caso de morte, mas preocupa.

Sebastião Rufino Filho protagonizou cenas já esperadas, com atuação confusa e displicente que influenciou diretamente no resultado da partida. A equipe contribuiu ao fazer um primeiro tempo apático e repetir os mesmos erros cometidos diante do Pesqueira na quarta-feira. Desta vez, porém, teve pela frente uma equipe que sabia como aproveitar as oportunidades. A sonolência dos volantes alvinegros, que tanto foi motivo de alerta aqui no blog, voltou a comprometer o desempenho da equipe. Como se não bastasse, a dupla de meias formada por Luiz Fernando e Tallys simplesmente não apareceu pro jogo. Pouco produtiva e sem nenhuma ação de marcação na saída de bola do Cangaceiro. Cangaceiro é a mascote da equipe do Serra Talhada, diferentemente do seu antecessor, Serrano, cuja mascote era um Jumento. 

Se um Jumento fosse, além da queda, teríamos levado coice. A nulidade do nosso meio campo fez a defesa não suportar a carga de contra ataques do Serra, além de fazer com que a bola não chegasse no ataque. Luiz Carlos, sem pique para buscar jogo no meio, e Jonathan Goiano, estreante que entrou totalmente por fora, pouco puderam fazer. Em uma falta cobrada por Kássio com apenas dois minutos de jogo, o Serra desceu para o vestiário em vantagem no placar. No segundo tempo, a saída do fraco lateral Vitor Vieira e a entrada de Júlio César deu um ritmo melhor à equipe. Diego Góis entrou e pouco mudou na frágil marcação alvinegra, contribuindo apenas com tentativas de chute de fora da área. Fumaça entrou, também na segunda etapa, e não conseguiu repetir as brilhantes atuações dos amistosos e da estréia contra o Porto. Quando começava a reagir na partida, a Patativa tomou um novo golpe quando Tiago Araújo cometeu pênalti. Kássio converteu e retardou a reação alvinegra, que viria a acordar apenas após os trinta minutos. Com dois gols de cabeça, Jonathan Goiano aos 32 e Júlio César aos 37, a Patativa voltava ao jogo.

Em dez minutos, o Central foi do céu da missão cumprida em trazer pontos do sertão, ao inferno da derrota. Nas brechas deixadas no meio-campo, o Serra Talhada contra-atacou e, aos 45 minutos, Negrete colocou o Serra na frente. Aos 47, a bola voltaria a balançar empatando novamente a partida, mas o tento alvinegro foi, equivocadamente, anulado, em mais uma intervenção irresponsável da arbitragem. No Rio Grande do Sul, lamentavelmente, sonhos morreram neste domingo trágico para nosso país. Em Serra Talhada, a Patativa foi abatida na forma covarde de sempre, mas a esperança do torcedor alvinegro não morre aqui. O Central continua líder com seis pontos, mesma pontuação do próprio Serra. E Sebastião Rufino, esse já está sendo chamado filho de outra coisa.

Resumo da partida:

Classificação e resultados:

Globoesporte.com

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