quinta-feira, 16 de maio de 2013

Balanço e aproveitamento do Pernambucano 2013

Finalmente o longo certame estadual desta temporada chegou ao fim. Fazendo algumas reflexões sobre os altos e baixos da campanha centralina no Campeonato Pernambucano 2013, nota-se a sensação de dever cumprido com a conquista da vaga na Série D, mas ficou um gosto de decepção por tudo o que conturbou o ambiente extra-campo e impediu a equipe de alcançar objetivos maiores.

Colocando na mesa os números do Central:


Após as finais do campeonato e o término do octogonal da morte, a classificação final ficou definida pelas posições das equipe em cada uma das fases decisivas. As campanhas do primeiro turno de nada valeram. O critério adotado pela FPF causou algumas curiosidades em relação à classificação final. O Ypiranga, "melhor" do interior no campeonato, na verdade teve desempenho bem inferior. Com a discrepância existente em número de jogos disputados por cada equipe, estabeleci um classificatório geral levando em consideração o índice de aproveitamento total de pontos para fins de comparação:


Como se vê, os rebaixados realmente foram as equipes com pior aproveitamento no campeonato. Porém, a Patativa foi quem mais venceu entre todos os interioranos. Desconsiderando o primeiro turno e observando apenas o aproveitamento no segundo turno, onde todos estavam presentes, e no octogonal, o melhor clube do interior foi o Pesqueira, que conquistou 28 pontos, contra 26 do Central.

A grande campanha do time de Leivinha no octogonal deu ao Central a vaga na Série D, com um aproveitamento de 71,4% em 7 jogos. Mas apesar dos números satisfatórios, fica abaixo do desempenho que o alvinegro conseguiu no primeiro turno, sob o comando de Marcelo Rocha e de Ricardo Oliveira, quando alcançou 79,2% em 8 jogos, 4 com cada um dos treinadores. Os comandantes centralinos, inclusive, merecem uma análise à parte:


Como se vê, Leivinha foi o técnico de pior aproveitamento na temporada. Entre lesões, liberação de jogadores e mudanças repentinas de esquema, foi também o técnico com maior dificuldade em repetir escalações. Marcelo Rocha não agradou pela falta de experiência e por invencionices como o famigerado rodízio de goleiros. Já Ricardo Oliveira obteve a melhor sequência e foi o técnico que conseguiu dar mais aplicação tática à equipe.

O desempenho alvinegro por atleta:

Rodrigão (G): seguro, ganhou a titularidade com Ricardo Oliveira, que pôs um fim ao esquisito rodízio de Marcelo Rocha. Foi fundamental em alguns jogos, até ser negociado com o América/RN no fim do segundo turno.

Juninho (G): assumiu a camisa 1 fora de ritmo, mas logo encaixou na equipe e mostrou sua importância na conquista da vaga na Série D.

Elias (G): recebeu uma única oportunidade na última rodada do octogonal e foi péssimo. Atrapalhado, perdeu completamente a confiança do torcedor ao falhar em 4 dos 6 gols tomados.

Ítalo (Z): se comportou como líder da equipe do início ao fim do campeonato e exerceu essa liderança com todos os treinadores. Seguro quando atuou como zagueiro da sobra.

Gustavo Carbonieri (Z): foi outro atleta a se destacar, principalmente atuando como quarto-zagueiro. Desfalcou a equipe na reta final.

Paulo Vítor (Z): enquanto jogou, cobriu a deficiência no setor esquerdo do time até a chegada de Jean Batista. Perdeu espaço após se machucar ao longo do campeonato.

Ricardo Purcino (Z): esteve presente no grupo no primeiro turno mas se transferiu para o futebol paraibano por falta de espaço. Não fez falta.

Alemão (Z): chegou no segundo turno e alternou ótimos e péssimos momentos, porém o saldo foi positivo.

Alan (Z): entrou na fogueira e não comprometeu. Apesar de alguns deslizes, segurou as pontas na defesa.

Eudes (Z): foi promovido do Sub-20 na reta final e esteve em campo na goleada contra o Pesqueira. Falta maturidade para o profissional.

Thiago Araújo (LD): outro a alternar bons e maus momentos, chegou a ser preterido pelo improvisado Tavares quando se contundiu e voltou mal. Quando entrava bem, fazia todo o setor direito da equipe jogar.

Romero Casinhas (LD): teve oportunidades no primeiro turno mas entrou mal. Se machucou no segundo turno e não atuou mais.

Alysson (LD): participou da preparação para o campeonato e compôs o grupo no primeiro turno. Sem espaço, foi para o Chã Grande no segundo turno e mostrou bom futebol.

Jean Batista (LE): chegou já no segundo turno e deu outra cara à lateral esquerda da equipe, que esteve morta no ataque durante todo o primeiro turno.

Júlio César (LE): não convenceu e fez o clube procurar outro jogador para a camisa 6. No segundo turno sofreu com contusões e voltou a jogar apenas no final do octogonal, porém com um futebol muito abaixo da média.

Vítor Vieira (LE): horrível, foi dispensado ainda no início do campeonato, pois sequer estava no fraco nível do primeiro turno.

Fernando Pires (V): bastante irregular, cometeu falhas que custaram o título do primeiro turno. Melhorou o rendimento na reta final do campeonato ao se dedicar apenas à marcação e deixar a saída de bola para quem sabe.

Diego Góis (V): esteve bem enquanto permaneceu no clube. Mesmo com boas atuações e atuando com frequência, pediu para ser negociado e foi emprestado ao Gama/DF.

Cléber (V): um leão em campo, mostrou muito gás, botes certeiros e até chegou a marcar um belo gol contra o Porto. A equipe sentiu bastante nas partida em que não pôde contar com o jogador.

Erick (V): outro atleta que não recebeu oportunidades e foi embora. Deveria ter sido mais valorizado e ter permanecido, já que a equipe sofreu com a falta de volantes no fim do estadual.

Douglas Amaral (V): esforçado, porém abaixo do nível da equipe. Chegou no decorrer do segundo turno e talvez tenha tido dificuldades em se adaptar à equipe, mas o fato é que o futebol do jogador não apareceu em momento algum.

Tallys (M): craque de toque refinado, foi destaque da equipe sempre que esteve em campo. Foi o camisa 10 nato e não é à toa que está na final do prêmio Craque do Pernambucano.

Luiz Fernando (M): meia de muita inteligência e visão de jogo, foi importantíssimo nos momentos em que a equipe precisou reter mais a posse de bola, dando tranquilidade e cadenciando o jogo.

Jorge Luiz (M): teve estrela para decidir partidas quando tudo parecia perdido. Foi de extrema importância durante todo o campeonato.

Fabiano (M): meia de currículo invejável, chegou para disputar o Pernambucano já em fim de carreira. Longe da forma ideal, acabou encerrando a carreira no clube e iniciando o trabalho como auxiliar. Chegou a assumir interinamente por uma partida e comandou bem o grupo.

Marquinhos (M): prata-da-casa, esteve entre os jovens que receberam oportunidade na última rodada do octogonal. Entrou com muita disposição, é um talento a ser trabalhado.

Johnathan Goiano (A): jogador muito diferenciado, infernizou as defesas adversárias e foi o artilheiro alvinegro esbanjando bom futebol. Chamava a responsabilidade e decidia.

Jonatha Fumaça (A): teve um início promissor, mas ao longo do primeiro turno seu futebol foi sumindo até perder espaço no time. Foi mais um que foi parar no futebol paraibano.

Luiz Carlos (A): o imperador começou bem na Patativa, colaborando bastante com a equipe. Por motivos internos, acabou acertado sua saída e retornou ao futebol cearense. Poderá cruzar com o Central na Série D se permanecer no Guarany de Sobral.

Andrezinho (A): demorou até agarrar uma oportunidade e mostrar bom futebol, mas caiu nas graças da torcida quando finalmente teve chances. Virou titular absoluto no esquema de Leivinha e deu muita movimentação ao ataque.

Zulu (A): chegou a agradar a alguns no início do campeonato, mas logo esgotou a paciência do torcedor com sua falta de jeito quando saía da área para buscar jogo. Definitivamente, os jogadores de área não deram certo no esquema da equipe nesta temporada.

Hudson Pimenta (A): demorou a entrar em forma e só recebeu chances no segundo turno. Encontrou dificuldades para pegar ritmo e não somou praticamente nada nas partidas em que entrou.

André Nunes (A): contratado no decorrer do segundo turno, começou com boa movimentação e balançou as redes com a camisa alvinegra. O bom futebol, porém, ficou apenas na promessa. Na reta final se contundiu e não entrou mais.

Tavares (A): outro atleta que chegou no decorrer da competição, foi importante por sua polivalência. Atuou também como meia e até como lateral direito e cumpriu sempre o papel tático desejado.

Roger (A): jovem promessa alvinegra, mostrou personalidade quando entrou. Se bem trabalhado, tende a evoluir e ser cada vez mais importante.

Dênis (A): mais um fruto da base centralina, teve oportunidade na última rodada do octogonal e foi o autor do gol de honra da Patativa. Merece atenção especial assim como outros atletas da casa.

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