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Central volta a Petrolina para dar o troco da derrota no segundo turno (Foto Blog Esporte Total) |
Entre os boleiros, quando o assunto é pênalti há a maldita frase que diz "Só erra quem bate". O jargão se tornou comum para justificar erros, afinal, errar é humano. E está mais suscetível a erros quem toma a frente nas situações ou agrega responsabilidades. Quem toma essa postura, geralmente acredita ser o dono da situação, aquele que faz e acontece, como diria Roberto Carlos, o cara. Porém o sujeito pode passar longe disso e ser apenas o incapaz, que tenta fazer de tudo um pouco e acaba fazendo nada de nada.
Enquanto escrevo essa crônica, o voo que leva o time alvinegro à Petrolina está próximo de seu destino final. Em questão de minutos, estará desembarcando o time que deveria ter desembarcado ontem. O erro, pasmem, se deu por simples falta de conferência da passagem. Alguém cuja capacidade não deve chegar sequer a de anotador de jogo do bicho, confundiu o horário da voo, acreditando que o 10:55 marcado na passagem significava 22:50.
Imagine o clima quando se chegou ao aeroporto dos Guararapes ontem a noite e se descobriu que o voo tinha partido cerca de 12 horas antes. O imbróglio envolvia negociar a remarcação com a companhia e providenciar um hotel para que a delegação passasse a noite. Por mais de uma hora o grupo centralino ficou no saguão do aeroporto esperando uma definição.
A preocupação dos torcedores passou a ser com a corrida agenda deste sábado. Com o embarque marcado para 10:55 de hoje e o jogo a ser realizado às 16 horas, tornou-se evidente o temor pelo desgaste que esta correria poderia causar. Menos mal que a partida foi adiada para as 18 horas, tempo suficiente para que o grupo chegue ao Vale do São Francisco e possa se preparar para a partida que marca a estreia do octogonal.
Central e Petrolina se enfrentarão pela terceira vez na temporada, sempre em momentos distintos. No primeiro turno, a Patativa vinha em ótima fase enquanto a Fera era o saco de pancadas da competição. Veio o segundo turno, o clube sertanejo reformulou sua equipe e começou sua reação justamente contra o alvinegro. A partir de então, o Central não teve mais sossego no campeonato. A derrota em Petrolina, envolvendo a desgastante viagem de ônibus e problemas de contusão, marcou o fim da boa fase que a equipe vivia.
Do início do segundo turno até esta estreia no octogonal, muita coisa mudou. A começar pelo comando técnico. O técnico Ricardo Oliveira foi demitido, o diretor de futebol Adriano Coelho não comanda mais o departamento, e Leivinha vai para o seu sexto jogo no comando de uma equipe que ainda não tem esquema definido. As improvisações se tornaram constantes, por contusões e pelo grupo de atletas reduzido, e o torcedor perdeu a referência de conhecer o time que iria a campo em cada partida.
A expectativa é de que as mudanças para este octogonal aconteçam também em campo. Apesar de atrapalhada, a viagem de avião garantiu mais conforto aos atletas e a torcida espera que esse esforço seja repetido dentro das quatro linhas. Seja no 3-5-2 ou no 4-4-2, com laterais de origem ou atacantes atuando como alas, que os erros cometidos em campo no segundo turno tenham ficado no passado. A fase que se inicia hoje não permite erros.
Fora de campo, a conversa é outra. Os erros permanecem, as bombas explodem e a cada semana uma novidade negativa surge para atormentar o já castigado torcedor alvinegro. Acreditar que isso também mudaria seria querer demais. Se dentro de campo há de se aturar frases do tipo "Só erra quem bate", no extra-campo do Central a atual gestão vem mostrando que "Só bate quem erra".
Avante Patativa!
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