segunda-feira, 1 de abril de 2013

Pesqueira 3x2 Central: Era uma vez na Suíça...

Por questões recorrentes, haveria de ser Garanhuns, a Suíça Pernambucana, o palco de uma peleja de desesperados. Dois povos em luta: azuis contra alvinegros. Ambos na busca por se livrar de um inferno cada vez mais próximo. O povo azul era jovem, humilde e tentava mostrar que não tinha a fraqueza típica dos inexperientes. Os alvinegros, tradicionais, já foram mais fortes. Agora mais pareciam um terra arrasada e sem lei.

Era a chamada semana santa. Os azuis, da terra do pescado, mostrariam que de fato a semana estava para peixe. Os alvinegros, da terra dos pássaros, tentavam reconquistar a hegemonia perdida na desbravura de terras pelos interiores.

Mesmo na adversidade, os dois povos demonstravam uma característica semelhante: a força de vontade. Quando tudo parecia querer mostrar o contrário, ainda acreditavam no sucesso, ainda almejavam estar entre os melhores. Porém, mais do que acreditar, seria preciso fazer por onde. 

Não havia palco de nome mais sugestivo aos alvinegros do que o Gigante do Agreste. Tentando recuperar o prestígio de outrora, até começaram o combate de forma mais incisiva, buscaram através do ataque pelos flancos a estratégia ideal para vencer o adversário. Mas nem sempre começar vencendo a batalha é garantia de vencer a guerra.

Os azuis tinham um atrapalhado guerreiro de nome estranho pronto para se aproveitar das falhas alvinegras. Em uma daquelas situações em que os louros da vitória acabam caindo no colo de alguém de forma inesperada. Assim são feitos os heróis de batalha.

Pelo lado alvinegro, não havia heróis. Mais abatido a cada combate, o tradicional exército deixava seu povo cabisbaixo e desacreditado. A falta de comando se intensificava a cada dia e começava a faltar tudo onde há pouco tempo havia fartura. Parecia ser essa a grande diferença dos alvinegros para os povos vizinhos.

Estar atrás de todos não é algo que se consegue por acaso. É preciso empenho até na arte de ser derrotado. Inexplicavelmente, o comandante da nau alvinegra assistia tranquilo sua embarcação afundar. A cada semana, mais guerreiros abandonavam o barco em busca de dias melhores em outras freguesias. Há quem diga até que faltavam mantimentos para os alvinegros.

Se observarmos bem, alguns fracassos dispensam explicações, seus fatos falam por si somente. A boca maldita conta essa história como uma tragédia anunciada. Aos pedaços, naquela situação ainda havia escapatória para os alvinegros. Alguns dizem que se recuperaram, outros dizem que foi o início de tempos sombrios para aquele povo. Este é apenas um capítulo em meio a toda a história. Qualquer dia trago o final deste conto para vocês.

Algumas testemunhas presenciaram o embate aqui descrito, ocorrido em época desconhecida. Afirmam ter acontecido no mesmo ano em que o imperador Sijonaldo XII foi até os Alpes em busca de cultura para o seu povo. Qualquer semelhança com fatos dos dias atuais, não passa de mera coincidência.

A propósito, ontem o Central enfrentou o Pesqueira pelo Campeonato Pernambucano e perdeu. Na sequência, a reportagem da TV Replay com os melhores, ou piores, lances da partida:

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