sábado, 6 de abril de 2013

Onda de protestos continua

Jornal do Commercio destacou o
protesto da última terça
A semana foi marcada por protestos contra a atual direção alvinegra. Na terça-feira, um grupo de torcedores organizou um protesto na Praça Arthur da Silva Peixoto. Cerca de cinquenta torcedores se reuniram e manifestaram indignação contra a gestão de Sivaldo Oliveira à frente do clube. Diferente do que a imprensa marrom caruaruense chegou a divulgar, muitos dos presentes são sócios do clube.

Após a repercussão gerada pela movimentação da terça-feira, novas atividades foram organizadas pelos manifestantes. Kiko Patativa, ex-funcionário do clube que vestia a fantasia da mascote alvinegra durante os jogos, organizou um abaixo assinado ao longo de todo o dia de ontem, sexta-feira. Aproximadamente mil assinaturas foram recolhidas até então, sendo geral o sentimento de revolta por parte de toda sociedade caruaruense.

Rebatendo as críticas, o presidente Sivaldo Oliveira esteve em algumas rádios dando alguns "esclarecimentos". Em uma de suas falas, bradou que o Campeonato Pernambucano é deficitário e que, com a exceção do jogo contra o Sport, todos os outros jogos do Central até aqui deram prejuízo. Como a informação é acessível a todos nos dias de hoje, trago aqui alguns números que desmentem a afirmação do presidente e mostram o quanto o Glorioso tem arrecadado somente com a força das arquibancadas.

Os borderôs de todos os jogos realizados até hoje estão disponíveis no site da Federação Pernambucana para conferência de todos os interessados. Analisando tais documentos, é possível observar que em oito jogos realizados no Monumental da Avenida, a arrecadação total foi de R$ 319.883,00. Cobrindo as despesas dos jogos, a arrecadação líquida chega a uma soma de R$ 248.384,69. O suficiente para pagar dois meses de salários dos jogadores, por exemplo.

Contas mostram que não há prejuízo
nos jogos da Patativa
A partida de menor arrecadação até aqui foi na sexta rodada do segundo turno, contra o Serra Talhada. Após uma sequência de quatro jogos sem vitória, "apenas" 4300 pagantes compareceram ao Lacerdão e a arrecadação líquida foi de "apenas" R$ 17.619,00. Números bem distantes do tal "prejuízo" citado pelo presidente. Vale ressaltar que todos os documentos estão assinados pelos delegados de cada partida e pelos funcionários designados pelo clube para acompanhar a bilheteria em cada rodada.

Destaca-se ainda que os borderôs não  contabilizam o polêmico "Bilhete Premiado" praticado pela diretoria. Para se ter uma ideia da força da torcida centralina, vale levantar aqui alguns comparativos. O Treze de Campina Grande, com o mesmo número de jogos como mandante no Campeonato Paraibano (8 jogos), teve uma arrecadação líquida de R$ 74.128,49, segundo dados da Federação Paraibana. Apesar da arrecadação menor e da fraca presença da torcida, o clube paraibano tem investido bem mais que o Central no departamento de futebol. Recentemente, o clube anunciou a contratação do técnico Vica, um dos mais regulares nos últimos anos no futebol nordestino.

O Campinense, campeão da Copa do Nordeste, em quatro jogos até a fase semi-final da referida competição, tinha arrecadado em jogos contra Santa Cruz, CRB, Feirense e Sport o mesmo que o Central arrecadou no primeiro turno do Pernambucano, que de nada valia, contra equipes como Pesqueira, Petrolina, Chã Grande e Ypiranga. No Campeonato Cearense, o Icasa, que recentemente voltou à Série B do Brasileiro, arrecadou em 12 jogos apenas R$ 89.741,84, como informa a Federação Cearense, tendo uma pífia média de público de apenas 1603 pagantes por jogo.

Torcida alvinegra tem demostrado sua
força apesar da fraca campanha
Como se vê, a torcida centralina tem enfrentado o descaso e tem comparecido. Em meio a tantas dificuldades, tem demostrado mais importância do que torcidas que vivem momentos mais felizes em relação à fase atual de seus clubes. A prova viva de que o que falta ao Central não é o apoio do torcedor ou um maior volume de arrecadação, mas sim uma gestão que administre com clareza e competência os recursos que entram no clube. 

A viabilidade do Central é evidente, só falta presidente!

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