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Alvinegro estreou com o terceiro uniforme, na cor cinza. |
"Cinquenta Tons de Cinza" é o título do momento no mercado literário. Deixando de lado o erro de tradução do título e a polêmica quanto à censura do livro, vamos falar do único cinza que de fato importa: o cinza alvinegro! O domingo amanheceu assim na capital do Agreste mas logo o sol se abriu, os céus sabiam que um cinza ainda mais imponente viria no cair da tarde. A Patativa entrou em campo para a estréia no Pernambucano 2013 trajando seu novo terceiro uniforme, em um belíssimo tom de cinza.
O otimismo dos quase 8 mil pagantes presentes ditou o ritmo da partida, com o Central partindo com muita agressividade para cima da equipe do Porto já no início do jogo. E se a cor da tarde era o cinza, Fumaça não poderia ficar de fora. Deitou, rolou, mandou e desmandou na partida. Ao final de um primeiro tempo impecável, o placar já apontava três tentos a zero para o combinado alvinegro, em uma grande atuação do quarteto ofensivo formado por Luiz Fernando, Tallys, Fumaça e Luiz Carlos. O segundo tempo, como se tornou costumeiro no futebol, foi marcado por um Central que buscava administrar o resultado enquanto o rival tricolor tentava, em vão, esboçar uma reação. No fim da partida, porém, houve espaço ainda para Jonatha Fumaça, em mais uma grande jogada, deixar seu segundo gol na partida, fechando a conta em 4x0.
O torcedor alvinegro saiu de campo se perguntando onde essa equipe pode chegar. "Cinqueta Tons de Cinza" é um romance erótico publicado em 2011, ano em que nossa Patativa empolgou no início da competição mas sucumbiu aos malfeitores da capital. Qual a semelhança do romance erótico com a nossa Patativa? Ora, ver o Central jogar com tamanha imponência dá um tesão danado! Remete aos áureos tempos da década de 80 e nos faz lembrar do mito do Terror do Interior.
Um terror quase sádico! "Cinquenta Tons de Cinza" traz detalhes do Bondage, um tipo de fetiche onde o prazer consiste em amarrar e imobilizar a pessoa envolvida. Se o ataque da equipe de Marcelo Rocha continuar a jogar dessa forma, Bondage é o que não vai faltar nesse campeonato. E para o torcedor centralista vai ser um prazer ver defesas adversárias caírem imobilizadas em nossos domínios, sem qualquer poder de ação que possa parar os guerreiros alvinegros.
Se a primeira partida oficial do Central na temporada já fez o torcedor iniciar o Pernambucano extasiado, é impossível não sonhar com um romance sendo escrito ao longo do campeonato, narrando os feitos de uma equipe que domina seus oponentes, penetra nas retaguardas adversárias e coloca para dentro, das redes, obviamente, com a facilidade de quem joga por música. Ou por literatura, porém na forma de um romance que envolve muito mais paixão. A máquina centralina, apesar de agressiva, é antes de tudo movida por Paixão Alvinegra. E isso já torna nosso único tom de cinza muito mais valoroso que cinquenta quaisquer.
Melhores momentos de mais uma goleada Alvinegra pra cima do Porto:
Muito bom, Antônio. Parabéns pelo texto.
ResponderExcluirObrigado, Sérgio. Grande abraço!
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