O telefone tocou no início da semana, queriam saber do amistoso da Patativa contra o Corinthians Alagoano no último sábado. O Blog estava desatualizado há uma semana e alguns alvinegros se sentiram órfãos de uma notinha sequer. A verdade é que não vi, não escutei, tampouco assisti aos melhores momentos do empate por 1x1 no primeiro amistoso alvinegro da temporada. O motivo é simples, não foi o Central que veremos no Campeonato Pernambucano que jogou. Ao longo dos anos, aprendi a não dar importância a amistosos. O resultado pouco importa, os jogadores não colocam o pé, o treinador só observa... Quando a bola rola pra valer, a história é outra.
O último amistoso que me dei o trabalho de assistir foi há um ano exatamente, quando em 9 de janeiro de 2012 vencíamos outro adversário alagoano, na ocasião o CSA, pelo placar de três tentos a um. Atropelamos o maior campeão das Alagoas, que viria a ser, meses depois, a melhor equipe da segunda fase do campeonato local, terminando na terceira colocação no geral, atrás apenas de CRB e ASA, representantes alagoanos na última Série B, que foram campeão e vice, respectivamente. A Patativa, nos meses que se seguiram, fez um Pernambucano sofrível para terminar em décimo lugar. Pela atuação no amistoso há um ano atrás, o torcedor alvinegro via Tiago Silva, Élton e Douglas Caé como craques capazes de levar o Central a uma grande campanha no estadual. A velha armadilha das impressões de amistosos. Os três foram embora sem deixar saudades para a maioria.
Sábado em Maceió o Central entrou em campo sem todas as suas apostas para 2013. Seja por desgaste físico, falta de ritmo, problemas com peso. Haja jogador poupado. Enquanto a imprensa discute a quantos quilômetros por hora anda a balança de Luiz Carlos, um dos poupados, Fabiano e Cléber são as grandes dúvidas para o início da temporada. Dois atletas de muita técnica que passam por problemas de lesão.
Cléber terminou o Pernambucano 2012 machucado e inicia 2013 novamente sentindo dores. Preocupa. Apesar das boas recomendações recebidas sobre Jorge Luiz e Luiz Fernando para o meio, Cléber é o nome de confiança do torcedor alvinegro. Nove em cada dez centralinos o querem inteiro para deitar e rolar em cima dos adversários como titular da Patativa.
Fabiano é o centro das atenções pelo currículo que tem e pelo fino trato dado à bola. De fato já demonstra nos trabalhos ter uma qualidade acima dos demais, porém o torcedor deve ficar alerta para não se decepcionar, Fabiano não terá pique para correr o campeonato inteiro. Hoje a Patativa fará mais um amistoso, dessa vez contra o Campinense, em Campina Grande. Fabiano mais uma vez não vai para o jogo.
E se fosse, só jogaria um tempo. É preciso se acostumar com isso. Marcelo Rocha terá cerca de dez dias antes do início do Pernambucano para decidir como usará Fabiano ao longo da competição. Utilizando o atleta como titular, deverá substituí-lo no intervalo ou já no início da segunda etapa. Se optar por utilizá-lo no decorrer da partida, Fabiano será opção para dar novo ritmo na partida nos 45 minutos finais. Já em 2010, Fabiano não conseguia correr mais que 30 minutos pelo Guarani. Em 2011, chegou ao Criciúma como aposta do Tigre, semelhante ao sentimento de sua chegada aqui há um mês, e acabou dispensado por frequentar mais o departamento médico que os campos de jogo.
O Central que entra hoje contra o Campinense é, mais uma vez, uma incógnita. Marcelo Rocha ainda busca a melhor formação para a defesa. Na frente, Luiz Carlos, ainda fora de forma, deve usar o primeiro tempo para ganhar ritmo e nada mais além de aproveitar oportunidades que surgirem em meio a defesa do rubro-negro paraibano. Muito se falou nesse início de semana sobre a promissora dupla de armadores formada por Tallys e Luiz Fernando, mas pouca importância se deu ao que vem sendo o quarto homem de frente em termos de destaque da mídia. Portanto, quem puder ir à Campina Grande logo mais à noite ou decidir ouvir ao pouco importante amistoso pela rádio, deixo meu conselho: observem com carinho o garoto Jonatha Fumaça. Não o vi treinar ainda, mas ouvi falar bem da jovem promessa. Nos tempos de Madureira, quando ainda se chamava apenas Jonatha, o jogador demostrou, nas palavras de quem o descreveu, muita ousadia e habilidade, um jogador arisco e de muita velocidade. Com todo o sotaque que o "carioquês" permite. E falo isso sem medo de errar. Se ele for bem, teremos mais uma boa aposta para o Pernambucano. Se for mal, vocês sabem, amistoso não vale de nada mesmo...
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