terça-feira, 24 de maio de 2011

Resgate da história

Primeiro Pernambucano da Patativa (1937)
Central Sport Club no Pernambucano de 1957
 












Hoje quero falar um pouco da tragetória da Patativa. Uma tragetória pobre de lembranças, com feitos pouco destacáveis. Uma instituição beirando o centenário, tendo que ver sua história à mingua.
Muito me admira o trabalho de alguns desportitas entusiastas e historiadores que fazem levantamentos e mais levantamentos acerca de seus clubes. Me admira e me entristece reconhecer que o torcedor centralino não tem o direito de desfrutar dessas memórias. O máximo que se encontra são registros, fotos e jornais antigos pendurados pelas paredes da Confraria do Gordo. Sinceramente? Muito pouco.
A história alvinegra depende de torcedores apaixonados como Gordo para não morrer.
Heróis do passado como Vadinho, Juscélio, Tutu, Joãozinho, Ivo, Dirceu Catimba, Gil Mineiro e tantos outros, ficam simplesmente esquecidos.
O Central sofre com o descaso com o seu passado. O que poderia ser prejudicial ao torcedor de amanhã, já atinge os torcedores de hoje.
Ou algum alvinegro saberia me informar qual o maior goleador da história do clube? Qual o atleta que mais vezes vestiu o manto alvinegro? Qual a maior goleada aplicada? E a maior sofrida? O goleiro que conseguiu o maior tempo sem tomar gols, o maior artilheiro em um jogo, o técnico que mais treinou... Informações perdidas.
Talvez a maior goleada seja Central 23x0 Jocaru, em 1951. Talvez o maior artilheiro em um jogo tenha sido Milton, marcando 11 vezes nessa mesma partida. Talvez... Faltam registros convincentes, dados históricos, falta boa vontade para que o Central Sport Club não complete 100 anos com sua história aos pedaços.
Torcedores bem próximos a nós não sofrem do mesmo descaso. Torcedores de Sport, Náutico e Santa Cruz, por exemplo, conhecem seus grandes artilheiros Traçaia, Bita e Tará, respectivamente. O Santa Cruz exalta uma premiação intitulada de Fita Azul, pelos feitos em amistosos internacionais. O que nós lembramos dos nossos amistosos contra seleções como Nigéria e Argentina, os quais vencemos com propriedade? O Sport enaltece uma conquista nacional em 1987. Um torneio com adversários no mesmo patamar que os que enfrentamos na Taça de Prata de 1986, e o que temos além de uma pintura na marquise do Lacerdão lembrando dessa conquista? Alguém recorda-se da festa do time e a da torcida?
Enquanto o Central não enaltecer suas glórias do passado, não valorizar seus ídolos do passado, será sempre um clube de características provincianas.
Termino apenas com um apelo, que vai para os apaixonados pela Patativa, para os gestores do clube, para os políticos da cidade, para os jornalistas e historiadores, não só da cidade, mas do estado de Pernambuco, não deixem que a história do alvinegro patativa se perca no passar dos anos. O Central confunde-se com a história de Caruaru e merece estar destacado nos registros da nossa história em museus e exposições.
Que a diretoria atente para a importância dessa história e busque esses dados, mostre-os para o torcedor através do seu site e através da galeria do clube.
E você, torcedor ou admirador do Central, que tenha causos para contar, registros para mostrar, sinta-se a vontade para contribuir enviando materiais para o Blog Centralino, que serão publicados com o maior prazer e com os devidos créditos.

Fotos: Blog Botões Para Sempre

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