De repente o time quase imbatível do primeiro turno deixou de existir. A melhor defesa da fase inicial do Pernambucano não é mais a mesma, o ataque parou de funcionar e a torcida perdeu a paciência. Caiu treinador e sobraram críticas para a diretoria. Se há um mês não havia o que se falar dos atletas, hoje chovem críticas ao comportamento extra-campo de alguns. O que mudou?
O campeonato de 2013 está mais aberto e isso pôde ser visto já no primeiro turno. As equipes investiram em reforços para o ataque e não se preocuparam da mesma maneira com as defesas. O resultado tem sido um campeonato de mais gols. Na virada de turno, os adversários constaram seus pontos fracos e resolveram contratar. Ao que parece, a Patativa foi a única equipe a não se preocupar tanto com reforços.
Estabelecendo um comparativo deste segundo turno com o Pernambucano do ano passado, até aqui tivemos 145 gols no turno, enquanto que no campeonato de 2012, até a oitava rodada, foram registrados 126 gols. O Náutico era o time de melhor ataque, com 17 gols feitos. Hoje tem novamente o melhor ataque, agora com 30 gols. No comparativo dos dois anos, a equipe alvinegra de 2013 vem tendo desempenho inferior ao time de 2012 - veja quadro ao lado.
Este ano, enquanto as outras equipes mantiveram suas melhores peças e buscaram reforçar seus setores mais críticos, o Central foi na contramão. Com o término do primeiro turno, foi possível notar que a equipe concentrava suas melhores peças no ataque e foi justamente na frente que o clube sofreu perdas mais graves. O alvinegro além de não se reforçar devidamente, ficou enfraquecido.
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Luiz Carlos saiu e desandou a fazer gols. Faltou paciência |
A lesão de Johnathan Goiano, a queda de rendimento de Jonatha Fumaça e a dispensa de Luiz Carlos acabaram com a força ofensiva da equipe. Até aqui, nenhum outro atleta conseguiu igualar os 4 gols feitos por Goiano no primeiro turno. Luiz Carlos saiu por força do diretor Adriano Coelho e alguns afirmaram que o atleta nada fazia em campo. Foi para o Guarany de Sobral e tem mostrado faro de gol, com 4 gols no Campeonato Cearense.
Além de perder peças na frente, algumas críticas eram feitas ao sistema defensivo, principalmente pelas falhas de marcação dos cabeças de área e pelas seguidas falhas nas bolas aéreas. Nenhum reforço chegou para cobrir essas carências. Os recém contratados Douglas Amaral, volante, e Alemão, zagueiro, não trazem segurança alguma para o torcedor.
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Alex Xavier no Pesqueira: rivais se reforçaram melhor |
Os reforços que chegaram para suprir as perdas do ataque também não emplacaram, ao passo que os adversários parecem ter se reforçado melhor. Como exemplos, o rodado zagueiro Alex Xavier chegou ao Pesqueira, o Petrolina contratou o volante Bilica, com passagem recente pelo Sport, e Serra Talhada e Ypiranga reforçaram seus ataques com Júnior Ferrim e Vavá respectivamente.
Nos rivais, os reforços vieram para fazer a diferença dentro de campo, no Central a principal e última mudança veio no comando técnico. Ricardo Oliveira saiu para dar lugar a Leivinha, que estava comandando outra equipe em declínio no campeonato. Pareceu piada de mal gosto a tentativa da direção de dar um choque no grupo trazendo um treinador que tem a passividade como maior característica.
Faltando três rodadas para o término do turno, a vaga no G4 ainda é matematicamente possível, porém improvável se analisarmos os últimos resultados. O Central se encaminha cada vez mais para o octagonal que valerá o rebaixamento para os dois últimos e uma ou duas vagas na Série D para os primeiros colocados. Em um campeonato nivelado por baixo e tão aberto, onde 5 pontos separam o lanterna do quarto colocado, o torcedor alvinegro sofre com a decepção de ver um time tão promissor "morrendo na praia".
O que mudou no segundo turno? Quando a briga esquentou pra valer, eclodiu uma série de problemas gerados pela má administração do futebol e ficou evidenciada a falta de planejamento dentro do clube. Bons tempos aqueles em tínhamos ao menos soberania no interior.
O que mudou no segundo turno? Quando a briga esquentou pra valer, eclodiu uma série de problemas gerados pela má administração do futebol e ficou evidenciada a falta de planejamento dentro do clube. Bons tempos aqueles em tínhamos ao menos soberania no interior.
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